segunda-feira, 27 de abril de 2009

Hino Para Osiris

(retirado do Papiro de Ani - O Livro dos Mortos Egípcio)

" Homenagem para thee, Osiris, Deus de eternidade, o Rei dos Deuses cujo
nomes são múltiplos, de quem formas são santas, tu sendo de forma escondida dentro
os templos cujo Ka é santo. Tu arte o governador de Tattu
(Busiris), e também o poderoso em Sekhem (Letopolis). Tu arte o
Domine a quem são designados elogios no nome de Ati, tu arte o
Príncipe de comida divina em Anu. Tu arte o Deus em que é comemorado
Maati, a Alma Escondida, o Deus de Qerrt (Elefantino), a Regra
supremo em Parede Branca (Memphis). Tu arte a Alma de Ra, o próprio dele
corpo, e thy de hast colocam de resto em Henensu (Herakleopolis). Tu
arte o beneficente, e arte elogiou em Nart. Tu thy de makest
alma ser elevado para cima. Tu arte o Deus da Grande Casa em
Khemenu (Hermopolis). Tu arte a poderosa de vitórias em
Shas-hetep, o Deus de eternidade, o Governador de Abydos. O caminho
do trono dele está em Ta-tcheser (uma parte de Abydos). Nome de Thy é
estabelecido nas bocas de homens. Tu arte a substância de Dois
Terras (o Egito). Tu arte Tem, o cevador de Kau (Dobra), o Governador
das Companhias dos deuses. Tu arte o Espírito beneficente entre o
espíritos. O deus do Oceano Celestial (Nu) draweth de thee seu
águas. Tu sendest adiante os nortes arejam a eventide, e respiração de
narinas de thy para a satisfação de coração de thy. Thy coração reneweth
sua mocidade, tu producest o.... As estrelas nas alturas celestiais
é obediente até thee, e as grandes portas do céu se abrem
antes de thee. Tu arte ele para quem elogios são designados dentro o
céu sulista, e obrigado é determinado para thee no céu do norte.
As estrelas imperecíveis estão debaixo de supervisão de thy, e as estrelas
o qual nunca jogo é tronos de thy. Oferecimentos se aparecem antes de thee ao
decrete de Keb. As Companhias dos Deuses elogiam thee, e os deuses
do Tuat (Outro Mundo) cheiro a terra pagando homenagem a thee.
As maiores partes da terra se curvam antes de thee, e os limites de
os céus pedem o e com súplicas quando eles verem thee. O santo
são superados ones antes de thee, e toda a Egito offereth ação de graças
até thee quando isto meeteth a Majestade de Thy. Tu arte um Espírito-corpo lustrando,
o governador de Espírito-corpos; permanente é thy enfileiram, estabelecido é
thy regem. Tu arte a beneficência Sekhem (Poder) da Companhia do
Deuses, cortês é thy enfrentam, e amado por ele que seeth isto. Thy temem
é fixo em todas as terras por causa de thy amor perfeito, e eles choram
fora para thy nomeie fabricação isto o primeiro de nomes, e todas as pessoas fazem
oferecimentos para thee. Tu arte o senhor que arte comemorou em céu
e em terra. Muitos são os gritos que são feitos a thee ao Uak
festival, e com um coração e voz raiseth de Egito chora de alegria para
thee.
" Tu arte o Grande Chefe, o primeiro entre irmãos de thy, o
Príncipe da Companhia dos Deuses, o stablisher de Direito e Verdade,
ao longo do Mundo, o Filho que era fixo no grande trono seu
gere Keb. Tu arte o amado de Noz de mãe de thy, o poderoso
de valor que subverteu o Sebau-demônio. Tu didst se levantam e
golpeie o inimigo de thine, e thy fixo temam em adversário de thine. Tu dost
traga os limites das montanhas. Coração de Thy é fixo, pernas de thy,
é empresa fixa. Tu arte o herdeiro de Keb e da soberania do
Duas Terras (o Egito). Ele (Keb) hath visto os esplendores dele, ele hath
decretado para ele a orientação do mundo através de thy dê contanto que tempos
suporte. Tu hast feitos esta terra com thy dão, e as águas, e
os ventos, e a vegetação, e todo o gado, e todos o
ave empenada, e todo o peixe, e todas as coisas rastejando, e tudo
o therof de animais selvagem. O deserto é a posse legal do
filho de Noz. As Duas Terras (o Egito) está contente coroar thee no
trono de pai de thy, como Ra.
" Tu rollest para cima no horizonte, tu hast fixaram luz em cima do
escuridão, tu sendest adiante ar de thy empluma, e tu floodest
as Duas Terras como o Disco a alvorada. Thy coroam penetrateth o
altura de céu, tu arte o companheiro das estrelas, e o guia
de todo deus. Tu arte beneficente em decreto e fala, o favoured
um da Grande Companhia dos Deuses, e o amado do Pequeno
Companhia dos Deuses.
A irmã dele [Isis] hath o protegeram, e hath repulsaram o
demônios, e desviou calamidades (de mal). Ela proferiu o feitiço
com o poder mágico da boca dela. A língua dela estava perfeita, e isto
nunca parado a uma palavra. Beneficente no comando e palavra era Isis, o
mulher de feitiços mágicos, o defensor do irmão dela. Ela o buscou
untiringly, ela vagou em volta e redondo sobre esta terra em tristeza,
e ela não desceu sem o achar. Ela fez claro com ela
penas, ela criou ar com as asas dela, e ela proferiu a morte
lamente para o irmão dela. Ela elevou para cima as sócias inativas de de quem
coração ainda era, ela tirou dele a essência dele, ela fez uma herdeira,
ela criou a criança em solidão, e o lugar onde ele não era
conhecido, e ele cresceu em força e estatura, e a mão dele era poderosa dentro
a Casa de Keb. A Companhia dos Deuses alegrou, joiced de re, ao
vindo de Horus, o filho de Osiris cujo coração era firme, o
triunfante, o filho de Isis, o herdeiro de Osiris ".

sexta-feira, 24 de abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

Ritual de ressurreição do animal.

Durante o momento de morte daquele que você ama como ligação ao mundo dos mortos, a faca você deve pegar. Com sua ponta um corte em seu dedo fará e uma gota de sangue cairá.
Aquele que do líquido vermelho beber e no outro mundo estiver, retornado estará.
Somente um versado na antiga magia ou o irmão em espírito do animal poderá fazê-lo.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Chacais

Os chacais são pequenos canídeos que habitam o continente africano e parte da Ásia. Existem atualmente 3 espécies, o Canis mesomelas ou chacal de dorso preto, o Canis aureus ou chacal dourado e o Canis adustus ou chacal listrado. Alguns consideram o Canis simensis também chamado de lobo etíope

como uma espécie de chacal, chamado de chacal simian ou chacal etíope mas ele se diferencia dos demais em sua aparência física e comportamento social por isso preferimos classificá-lo separadamente.

O Chacal-de-dorso-negro (do persa شغال shoghal) (Canis mesomelas), é um membro da família Canidae.

Com um ano de idade ele alcança a maturidade sexual. Tem cerca de 4 a 8 crias, precisando de um período de gestação de dois meses. Seu peso de adulto é de 10 a 15 kg, com um comprimento de 80 cm a um metro, e uma cauda de 20 cm.

Vive em regiões muito secas, mas evitando o deserto. Este tipo de habitat encontra-se nos Bálcãs, na Grécia, na Turquia, no norte da África e o sudeste da Ásia, de onde ele é nativo.

Tem hábitos noturnos, e durante o dia escapa do calor refugiando-se no seu esconderijo, entre as rochas, ou debaixo da vegetação. Possui uma grande resistência que o permite correr grandes distâncias durante toda uma noite se precisar. Ainda que goste de uma vida solitária, pode chegar a formar pequenos grupos conformados pela sua própria família. Alimenta-se de pequenos mamíferos, insetos e répteis, mas prefere as carcaças.

Integra-se sem medo aos núcleos populacionais, sem saber que é temido pelo homem devido ao fato de transmitir a raiva.


O Chacal-dourado (Canis aureus), também conhecido como chacal-asiático ou chacal-comum é uma espécie de chacal distribuída pela Ásia e África. Os chacais dourados são a espécie de chacais de maior distribuição, eles habitam as savanas, os desertos e até algumas florestas tanto no continente africano como em algumas regiões na Ásia. Têm preferência pelos climas secos e as áreas abertas. Sua pelagem varia de acordo com a região e a estação, indo do amarelo ao dourado pálido, podendo apresentar marcação marrom-claro. Os chacais dourados vivem aos pares, compostos por casais monogâmicos ou em pequenos grupos familiares, formados pelos pais, filhotes jovens e, ocasionalmente, filhotes do ano anterior que permanecem com a família e ajudam os pais a cuidar da prole mais recente. Os filhotes nascem pesando entre 200g e 250g e só abrem seus olhos 10 dias após o nascimento. Depois de desmamados os filhotes são alimentados por regurgitação. Ambos os pais, e as vezes um filhote mais velho também, cuidam da ninhada e os filhotes atingem a maturidade depois de 11 meses.

Os territórios do chacal dourado têm aproximadamente 3km quadrados e são guardados contra intrusos tanto pelo macho como pela fêmea. Esta espécie é conhecida por abater filhotes recém-nascidos de gazelas e outros antílopes pequenos para se alimentar, mas também podem comer os restos de presas grandes abatidas por leões, chegando mesmo a enterrar as sobras para comer mais tarde. São animais comunicativos com vários uivos e chamados próprios, podendo uivar aos pares para demonstrar a existência de um casal fixo no território.

Estes chacais possuem um dieta bastante variável, se alimentando tando de animais quanto vegetais em proporções bastante próximas (54% animal e 46% vegetal). Dependendo da estação podem se alimentar de filhotes de antilopes, roedores, insetos ou frutas.


O Chacal-prateado é uma espécie de chacal existente em África.

O chacal listrado é encontrado principalmente na África tropical, em áreas arborizadas, savanas, pântanos e regiões montanhosas, mas aparentemente não são encontrados em florestas chuvosas. Também são encontrados ao redor de áreas urbanas e plantações. Essa espécie tem pernas e orelhas mais curtas que os demais chacais. Sua pelagem varia do acinzentado ao ocre e com uma ponta branca nas caudas. O seu nome vem de marcações em listras localizadas nas laterais do corpo. Esta espécie tem uma constituição mais robusta que as demais e os machos costumam ser levemente maiores e mais pesados que as fêmeas.

Esta espécie é monogâmica e machos e fêmeas formam casais para toda a vida. Normalmente são encontrados vivendo aos pares ou sozinhos mas grupos maiores podem se formar em áreas onde o alimento é farto, só que são muito raros. Os filhotes desta espécie amadurecem mais rapidamente que os demais chacais, atingem a maturidade aos 8 meses e são independentes dos pais aos 11 meses.

Sua alimentação é tipicamente onivora e varia de acordo com a região onde vivem. Insetos, camundongos, pássaros ovos, carcaças, frutas e matéria vegetal estão entre seus princiais alimentos.


As fontes são: Aqui, aqui, aqui e aqui.


Mitologia Egípcia

Para auxilia aqueles que leem meu diário, segue aqui uma cópia de um texto da wikipedia sobre mitologia egfípcia, mas de antemão aconselho: desligue o computador e vá ler um livro pois Wikipedia não é a verdade suprema.

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Mitologia egípcia


Mitologia egípcia ou, em sentido lato, religião egípcia refere-se às divindades, mitos e práticas cultuais dos habitantes do Antigo Egipto. Não existiu propriamente uma "religião" egípcia, pois as crenças - frequentemente diferentes de região para região - não era a parte mais importante, mas sim o culto aos deuses, que eram considerados os donos legítimos do solo do Egipto, terra que tinham governado no passado distante.

Fontes

As fontes para o estudo da mitologia e religião egípcia são variadas, desde templos, pirâmides, estátuas, túmulos até textos. Em relação às fontes escritas, os Egípcios não deixaram obras que sistematizassem de forma clara e organizada as suas crenças. Em geral, os investigadores modernos centram-se no seu estudo em três obras principais, o Livro das Pirâmides, o Livro dos Sarcófagos e o Livro dos Mortos.

O Livro das Pirâmides é uma compilação de fórmulas mágicas e hinos cujo objectivo é proteger o faraó e garantir a sua sobrevivência no Além. Os textos encontram-se escritos sobre os muros dos corredores das câmaras funerárias das pirâmides de Sakara. Do ponto de vista cronológico, situam-se na época da V e VI dinastias.

O Livro dos Sarcófagos, uma recolha de textos escritos em caracteres hieroglíficos cursivos no interior de sarcófagos de madeira da época do Império Médio, tinha também como função ajudar os mortos no outro mundo.

Por último, o Livro dos Mortos, que inclui os textos das obras anteriores, para além de textos originais, data do Império Novo. Esta obra era escrita em rolos de papiro pelos escribas e vendida às pessoas para ser colocada nos túmulos.

Outras fontes escritas são os textos dos autores gregos e romanos, como os relatos de Heródoto (século V a.C.) e Plutarco (século I d.C.). No governo de Amenófis IV, foi pregado o monoteísmo, porém não durou por muito tempo, pois após a sua morte a religião foi dispensa. Acreditavam, os egípcios, que após a sua morte eles iriam para o Tribunal de osirís onde o seu coração deveria pesar menos que uma pena, caso contrário iriam ser condenados à segunda morte.


Divindades

As várias divindades egípcias existentes caracterizavam-se pela sua capacidade de estar em vários locais ao mesmo tempo e de sobreviver a ataques. A maioria delas era benevolente, com excepção de algumas divindades com personalidade mais ambivalente como as deusas Sekhet e Mut.

Um deus poderia também assumir várias formas e possuir outros nomes. O exemplo mais claro é o da divindade solar que era conhecido como Kepra, representado como um escaravelho, quando era o sol da manhã. Recebia o nome de Atum enquanto sol do entardecer, sendo visto como velho e curvado, um deus esperado pelos mortos, que se aquecem com os seus raios. Durante o dia, Rá anda pela Terra como um falcão. Estes três aspectos e outros setenta e dois são invocados numa ladainha sempre na entrada dos túmulos reais.

Estas divindades eram agrupadas de várias maneiras, como em grupos de nove deuses (as Enéades), de oito deuses (as Ogdóades), ou de três deuses (tríades). A principal Enéade era a da cidade de Heliópolis presidida pela divindade solar Rá.


Criação do mundo

Antes que existisse o ar, a terra ou mesmo o céu, havia somente água, turbulenta e borbulhante, da qual surgiu Rá, o primeiro deus. Rá transformou-se em um novo elemento no cosmo: o sol. Mas a carência de outra vida logo lhe pesou e, em comunhão com a sua própria sombra, gerou uma filha, Tefnut. Ela também era um novo elemento: a umidade.

E Shu, o outro filho de Rá, tornou-se o ar. Por sua vez, eles também tiveram seus próprios descendentes, Geb e Nut (a terra e o céu). Logo foi estabelecida toda uma ordem cósmica. Contudo, essa ordem veio acompanhada de desafios não previstos.

Assim, Rá viu-se forçado a travar batalhas diárias com a serpente Apep pelo controle da atmosfera. Contando com a ajuda da esposa e filha Bast (deusa dos gatos e da fertilidade), Rá lograva êxito na maioria das vezes. Mas nos dias em que Apep vencia, havia sempre tempestades e mau tempo.

Esse era tão somente o começo daquilo que Rá teria de enfrentar. Em certa ocasião, as frustrações de dominar uma população humana que se dava a queixas e rebeliões levaram Rá, em um acesso de ira, a arrancar um dos seus olhos e atirá-lo à terra. O olho transformou na deusa da vingança, chamada Sekhmet, uma força tão destrutiva contra a humanidade que Rá, cheio de remorso, teve de chamá-la de volta usando um estratagema. Rá ordenou aos seus vassalos que produzissem milhares de barris de cerveja. A cerveja seria misturada com suco de romã para parecer sangue das vítimas humanas de Sekhmet, sendo usada para inundar o campo ao redor de sua morada terrena. O intento teve êxito. Quando Sekhmet emergiu novamente para terminar de dizimar a humanidade, ela viu seu reflexo no lago vermelho repulsivo, enamorou-se dele e bebeu a mistura, caindo no sono, permanecendo inofensiva. O resultado foi tão bom que posteriormente ela desposou Ptah, o deus absoluto da criação. E mais tarde, ironicamente, ela se transformou em Hator, deusa do amor e da celebração.

A responsabilidade por todo o cosmo começava a minar a vitalidade de Rá. Como envelhecia, Rá buscou um substituto para suas obrigações de zelar pela terra. O substituto viria a ser seu neto, Osíris.

Osíris, assim como Ísis, Set e Neftis, veio ao mundo em decorrência da união de Geb e Nut. Contudo, quando Rá passou o domínio do mundo às mãos de Osíris, ocorreu a primeira rivalidade entre irmãos na história do cosmo. E que rivalidade!

Osíris havia sido um ditador benevolente — sob seu comando os egípcios tornaram-se um povo civilizado. Mas seu irmão Set (o deus do caos e das tempestades) estava enciumado pelo presente concedido a Osíris e o matou. Ele construiu um baú primoroso, ofereceu uma festa e disse aos seus filhos que aquele que coubesse no baú poderia tê-lo para si. Mas ele havia construído o belo baú tendo em mente apenas Osíris. Quando Osíris entrou no baú, Set o selou e seus comparsas o deitaram no Nilo, na esperança de que nunca mais tornariam a vê-lo.

Assim, Osíris fora o primeiro deus da história a morrer e tornou-se o primeiro deus do mundo inferior. Quando Neftis contou à sua irmã Ísis sobre o assassínio, Ísis mergulhou em profunda tristeza, pois Osíris era não só seu marido como também seu irmão. Ela encontrou o corpo e conseguiu ressuscitar Osíris e juntos tiveram um filho chamado Hórus. Mas Set não tardou em descobrir isso e, colérico, retalhou Osíris em 14 pedaços, espalhando as partes pelo Egito de modo que nem Ísis poderia juntá-los. Anúbis, o inventor do embalsamamento e filho de Osíris, realizou o funeral na grande pirâmide.

Set passara a ser então o senhor do mundo e em virtude de sua inclinação ao caos e à violência, parecia que todas as boas obras de Osíris seriam desfeitas em breve. Comentava-se até mesmo que Set tramava usurpar o lugar de seu pai Rá.

Em conseqüência disso, Rá e Hórus convocaram um grande exército para tomar o poderio de Set. Eles convocaram Tot, deus da sabedoria e da verdade, que transformou Hórus em um disco solar com um calor tão intenso que confundiu as tropas de Set, que se destruíram mutuamente. Mas o próprio Set não podia ser encontrado em lugar nenhum. Ele escondera-se a uma grande distância, onde estaria livre para criar outra força para derrotar Rá e Hórus.

Mas não chegara a realizar seu intento. E, com a posterior derrota, Hórus retalhou Set do mesmo modo como havia sido feito com seu pai. Assim, Hórus passou a comandar o mundo e abriu o precedente para os faraós que o sucederam.


Cosmogonias

A Enéade de Heliópolis

Segundo o mito da criação de Heliópolis, no princípio existiam as águas do caos, Nun. Um dia uma colina de lodo chamada Ben-Ben levantou-se dessas águas, tendo no seu cimo Atum, o primeiro deus. Atum tossiu e expeliu Shu (deus do ar) e Tefnut (deusa da humidade). Shu e Tefnut tiveram dois filhos, Geb, deus da terra e Nut, a deusa do céu. Shu ergueu o corpo de Nut, colocando-o acima de Geb, e esta tornou-se a abóboda do céu. Nut e Geb tiveram por sua vez quatro filhos: Osíris, Isís, Seth e Néftis. Osíris tornou-se deus da terra, que governou durante muitos anos; Isís foi a sua mulher,rainha e irmã. Seth o deus seco do deserto invejava o estatuto de Osíris e um dia matou-o. Osíris foi para o mundo subterrâneo e Seth tornou-se rei da terra. Osíris teve um filho com Ísis chamado Hórus que decidiu vingar a morte do pai e reconquistar o trono. Hórus derrota Seth e torna-se o novo rei da terra, mas o seu pai permanece no mundo subterrâneo. Néftis era apaixonada secretamente por Osíris, um dia se disfarçou de Ísis e deitou-se com Osíris dando a Luz a Anúbis o deus com corpo de homem e cabeça de cão que presidia o mundo dos mortos

Ogdoáde de Hermópolis

Na cidade de Hermópolis, capital do XV nomo do Alto Egipto, dominava um panteão de oito deuses agrupados em quatro casais. A origem destes oito deuses variava: por vezes eram apresentados como os primeiros deuses que existiram; em outros casos eram filhos de Atum ou de Chu.

Os oito deuses tinham os seguintes nomes e representavam os seguintes conceitos:

  • Nun e Naunet, o caos, o oceano primordial;
  • Heh e Hehet, o infinito;
  • Kek e Kauket, as trevas;
  • Amon e Amaunet, o oculto;

Os oito deuses eram denominados como "Hemu", de onde derivou o nome original da cidade de Hermópolis, Khemenu. A designação de Hermópolis para o povoado urbano de Khemenu foi atribuída pelos gregos por associarem um importante deus da cidade, Tot, com o seu Hermes. Estes oito deuses actuavam colectivamente, ao contrário dos deuses dos outros sistemas, que eram autónomos.

As divindades masculinas deste panteão eram representadas como homens com cabeça de , enquanto que as femininas eram representadas como mulheres com cabeça de serpente. Considerava-se que estes quatro deuses foram os primeiros seres que existiram; a partir de uma interacção entre eles surgiu uma ilha, a chamada "Ilha das Duas Facas", onde estes deuses depositaram um ovo, do qual saiu a divindade solar Rá, que daria forma ao mundo. Existiam várias teorias para a origem do ovo, sendo este atribuído a um ganso ou um falcão.

Outra variante do mito afirmava que das águas do oceano primordial emergiu uma ilha, onde mais tarde seria construída Hermópolis. Nesta ilha existia um poço, no qual flutuava uma flor de lótus e onde viviam os oito seres referidos anteriormente. As divindades masculinas ejacularam sobre a flor e fecundaram-na. A flor de lótus fechou-se durante a noite; quando se abriu de manhã dela saiu o deus Rá na forma de um menino que criou o mundo.


Cosmogonia de Mênfis

Na cidade de Mênfis dominava um tríade composta pelos deuses Ptah, a sua esposa Sekhmet e o filho destes, Nefertum.

A teologia desta cidade é hoje conhecida graças ao texto da Pedra de Chabaka. De acordo com as inscrições da pedra, o texto original tinha sido conservado num papiro guardado nos arquivos de um templo de Ptah. Este papiro encontrava-se num avançado grau de deterioração quando o faraó Chabaka (século VIII a.C.) ordenou que o texto fosse inscrito numa pedra de granito. Infelizmente os habitantes da cidade acabaram por utilizar a pedra como elemento de um moinho, o que provocou estragos na mesma. Os estudos mais recentes sobre a pedra mostram que o estilo do texto foi premeditadamente escrito de forma a espelhar uma linguagem arcaica.

Neste sistema Ptah era o deus criador. Divindade associada aos artesãos, o deus era representado como um homem com corpo mumificado. Era considerado como o criador de tudo, inclusive dos deuses.

Ptah criou o mundo usando o coração e a língua. Para os Egípcios o coração era o centro da inteligência, sendo no sistema menfita a língua o centro criador. Ptah era simultaneamente Nun e Naunet (feminino de Nun) e gerou Atum a partir do seu coração e da sua língua. Este sistema não rejeitava a Enéade de Heliópolis, simplesmente considerava Ptah como criador dessa Enéade; Atum era um agente da vontade Ptah. O deus Ptah era também considerado o criador do ka ou alma de cada ser.

Sekhmet era uma deusa feroz, que segundo um mito tinha atacado a humanidade por esta ter desrespeitado Rá. Era representada como uma leoa ou como uma mulher com cabeça de leoa.

Nefertum era o deus da felicidade, sendo representado como um jovem com uma flor de lótus na cabeça. Mais tarde, Nefertum seria substituído como filho deste casal por Imhotep, personagem que teve existência histórica (foi o vizir do rei Djoser da III Dinastia).


Cosmogonia de Tebas

O nome egípcio de Tebas, cidade do Alto Egipto próxima da Núbia, era Uaset. Mais uma vez deve ser salientado que a designação de "Tebas" é de origem grega.

Tebas foi durante bastante tempo uma cidade pouco relevante. A partir do Império Novo ela adquire grande importância, relacionada com o facto dos reis fundadores da XVIII Dinastia (uma das dinastias que constituem o Império Novo), serem oriundos da cidade. Estes reis foram responsáveis pela expulsão dos Hicsos, povo estrangeiro que dominou o Egipto. Assim, quando Tebas se transformou na capital do Egipto não foi só a cidade que ganhou importância, mas também os seus deuses.

O principal deus de Tebas era Amon, representado como um homem com uma túnica preta e duas plumas na cabeça; poderia também ser representado como um carneiro ou um ganso. Como foi referido anteriormente, Amon estava associado ao oculto. Os sacerdotes tebanos aproveitaram elementos de outros deuses que atribuíram a Amon. Em concreto, Amon passou a ser visto como o demiurgo, retirando essa função ao deus Rá. Os sacerdotes afirmaram também que Amon era o monte primordial, tendo sido Tebas a primeira cidade a existir no mundo e que por conseguinte, ela deveria servir como modelo a todas as outras cidades.

Na cidade de Tebas a esposa de Amon não era Amaunet, como referia a cosmogonia hermopolitana, mas Mut. Este casal tinha um filho, Khonsu, uma divindade lunar.


Cosmogonia de Elefantina

Elefantina é o nome grego de uma pequena ilha no Nilo situada junto da primeira catarata.

Nesta ilha dominava uma tríade encabeçada por Khnum, divindade com uma cabeça de carneiro, que representava a criatividade e o vigor. Para os Egípcios, Khnum criava os seres humanos no seu torno, tal como o oleiro cria as suas peças. As esposas de Khnum eram Satet e Anuket (ou talvez, segundo outra hipótese, seriam respectivamente esposa e filha do deus). Satet era responsável pela inundação do Nilo (que gerava a fertilidade dos solos no Antigo Egipto) e Anuket encontrava-se também associada ao elemento água.


Eu encontrei esse texto aqui.

domingo, 19 de abril de 2009

O nascimento - parte 1

Nasci num pequeno vilarejo chamado Shaduk. Sou o 8º filho numa família de 12 irmãos e sempre trabalhamos numa fazenda de água assim como nossos ancestrais desde que começaram há mais de 2000 anos atrás. Minha função era guiar o jumento no moinho, assim como meu irmão mais velho, Shadak, fazia antes de mim. Nossa fazenda era uma das melhores e minha família tinha se tornado uma das mais respeitadas da região.
Embora vivêssemos numa relativa harmonia em nossa sociedade, sempre corríamos o risco de nosso vilarejo ser invadido por invasores bárbaros ou salteadores e por isso o nosso pai tinha quatro homens de confiança que faziam a nossa segurança. Eles eram homens livres assim como muitos outros que buscavam trabalho para manterem-se fixos em algum lugar. Um desses homens que faziam nossa segurança era um homem de meia idade chamado Sallah. Ele era responsável pela vigília da torre de água e não conversava muito. Lembro que eu deveria ter uns 7 anos e poucas coisas me permitem refrescar minha conturbada mente mas algumas coisas nos faz lembrar pra sempre. E uma dessas coisas veio na 7ª lua do Ano do Escaravelho.
Eu dormia com mais quatro irmão mais novos do que eu. Numa noite eu tinha me deitado cedo, pois era um privilégio de quem fazia suas tarefas pontualmente. Acordei no meio da noite, pois o frio estava insurpotável e fui até a nossa lareira para acendê-la e me aquecer. Foi uma questão de acender o fogo e esperar o suficiente para que minhas mãos estivessem quentes quando ouvi um barulho como se na despensa um saco estivesse caído. Corri até lá passando pela frente da porta do quarto de meus pais que nessa noite estava aberta, coisa que nunca acontecia. Aproximei-me devagar da porta pois minha apreensão zunia em meu ouvido alertando-me de algo incomum naquela noite. Meus temores me foram verdadeiros. Lembro-me que meu estômago apertou e minhas pernas estavam bambas. As paredes do quarto estavam manchadas de negro. Era a cor que ficava o sangue quando a lua cheia incidia com seus raios diretamente em cima.

Sangue! Não tinha dúvida pois o cheiro agora tomava minha cabeça e tive a certeza do pior quando vi a mão de minha mãe estendida caindo da cama.

Caminhei vagarosamente não pelo cansaço mas pelo medo que me tomava pois nesse momento eu quiz que estivesse sonhando. Mas há sonhos que nós não acordamos nunca e geralmente são pesadelos.

Estava próximo ao lado da cama e o que eu jamais poderia imaginar acontecer em vida me defrontava com fúria pois tudo estava refletido nos olhos de minha mãe que, morta, era como olhasse para mim pedindo ajuda.

Estendi minha mão tentando tocar os dedos na minha mãe. No momento em que eu estava no quarto nem consegui ver o meu pai nem consegui pensar em meus irmão e o mundo todo estava em um silêncio tumular. Não sentia mais o aperto em meu estômago nem as pernas fraquejando,, apenas quando eu vi a minha mãe se afastando de mim que que eu percebi que alguém me segurava pela cintura. Não conseguia raciocinar.

Penas quando eu me vi sendo levado da casa que estava parcialmente tomada por um incendio. Minhas energias voltaram com rapidez e comecei a me debater nos braços de quem eu não sabia. Balancei tanto que acabei caindo no chão. Olhei para cima e vi um rosto que eu conhecia bem apesar de são ser o que eu queria ver. Me senti reconfortado quando a figura abaixou-se e gentilmente me levantou e disse: "Calma, garoto. Sou eu, Sallah!". Ele me colocou no lombo de um dos cavalos da fazenda e após isso eu não me lembro de mais nada.

Esse é o meu destino


Sou um Guerreiro de Deus co a missão de exporgar o mal da face do mundo e guardar os segredos de minha linhagem sagrada. Eu sou um Medjai.